
Nunca fui muito fã de aniversários. Na verdade sempre procurei tratar essa data com uma certa indiferença pra não ter que recordar que representam mais cartuchos que eu gastei na minha vida e menos que terei, dali pra frente, para gastar.
Parece uma visão pessimista da coisa, não? Pra que tudo isso, se é apenas mais uma data que todo ano se repete, assim como Natal, Carnaval e Páscoa? Bem, ao contrário dessas outras festividades o aniversário gira em torno de você, da sua vida inteira, das suas lembranças, de tudo o que você já viveu, o que você ainda não viveu e também do que as pessoas ao seu redor vivenciaram contigo. Tudo isso vem à minha cabeça como um cometa assim que ouço o primeiro parabéns de alguém.
À parte das chacotas que com certeza irei ouvir, fazer 24 anos é estranho. A partir de amanhã estarei mais próximo dos 30 que dos 18, e até bem pouco tempo atrás não fazia muita diferença pra mim se um adulto tinha 30 ou 50 anos. Ainda não estou estabilizado, não tenho emprego fixo, nem namorada, nem dinheiro guardado para algum plano mirabolante. Tudo o que eu tenho são os meus anseios, minhas incertezas e a minha pressa de ver tudo isso acontecer, mesmo sabendo que quando isso ocorrer sentirei falta da época que perdia o sono pensando nessas bobagens.
É lógico que nem tudo são espinhos. Como toda data comemorativa, eu dou valor a um gesto muito simples que o aniversário proporciona: num mundo tão corrido, as pessoas ainda tem um dia pra se lembrar de alguém pela qual sentem carinho e demonstrar isso pra ela com palavras ou presentes simbólicos. Não vou negar que isso me fortalece, me faz crer que os laços que se criam com algumas pessoas são eternos, maiores até mesmo do que o tempo ou a distância.
Contudo, não vejo com motivo de festejos, e sim de reflexão. Mais um ano que se foi, e o que aconteceu na minha vida desde o último dia que comi um bolo de brigadeiro e soprei velinhas com formatos esdrúxulos? Não é nem pela pressão de evoluir, mas a necessidade de sentir que sou alguém além de um besta que escreve palavras ao vento na internet, que tenho meu valor, que não to aqui de passagem para ver passivamente as coisas acontecerem e ficar de braços cruzados, que quero compreender e quero ser compreendido. É essa a minha luta diária, e aniversários são como uma trégua no meio do campo de batalha.
E ainda assim sei que a data é única mas o dia é mais um como qualquer outro, e que no fim das contas continuo sem saber o que vou comer amanhã no almoço, se vai passar algum filme interessante na TV pra eu assistir, ou se vou dar uma volta pra espairecer. E isso me traz um grande alívio, porque me faz lembrar que, se quisermos, as coisas podem ser bem simples.
Um comentário:
Oiee Vii! =)
seus textos nunca são cansativos.. é incrível!! É bom saber dessas suas reflexõess.. mas tbm eh bom saber qe faço parte da sua vida e do seu ciclo de amigos, não importa qtos anos vc faça ou tenha no momento! =]
Parabénss!
tdo de bom sempre!
e lembre-se!! **Hje vai ser uma festa.. bolo, guarana e mto doce pra vc! É o seu aniversário, vamos festejar e os amigos receber**
Que nessa retrospectiva da sua vida, vc se lembree qe temm amigos qe torcem mto por vc, qe crescem com vc e qe vao te encher pra sempre! haha! te adoro cabeçudinho!
Bjokassssss!! =DD Dêeeee
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