
O Casal
Prossegue o casal
Enfeitiçando problemas
Eternizando as mesmas
Trajetórias de vidas
E tornando banal
O que não vivemos
O que nós perdemos
Nas voltas e vindas
No ar, no meio-dia
O romance mais lindo
Dores, ousadia
De um mal bem-vindo
Do qual pertencemos
E surgem alergias
Nesses mesmos defeitos
Que comovem alegrias
Ás vezes avessas
Em ruas desertas
E estrelas diversas
Se apagam incertas
E cartas no cio
Questionam o pranto
O pensamento vazio
Do longo desencanto
De frio permanente
Na cama de solteiro
O tédio impertinente
Consome por inteiro
Os mínimos desejos
Televisão ligada
Por falta dos beijos
Real falta de nada
Mas segue o casal
Com sua intensidade
E longas histórias
De insanidade
E riem, e loucos
Amam ao reviver
Como tão poucos
O que não se pode ver
Assim vejo num laço
Em uma troca tão pura
O medo que eu realço
Inocência de uma cura
E assim por diante
Qualquer outro casal
Por mais que eu me espante
Acha tudo natural
Um comentário:
Gostei muito desse versinho!Poeminha... sei lá! Mas é bem a realidade de uam forma humorada!haha
Por essa não esperava não?!
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